4/20/2013

Platônico

Vi a heroína,
Se tornar (i)mortal
Aos meus olhos de menina-mulher

Agora podemos ser possíveis.
Realidade.
Dupla mulher em unidade.

Tatuando milênios em minha pele,
Com todo respeito,
Com, talvez, receio.
Escuto Wagner,
Devaneio.

Por caridade,
Se tempo houver,
Leia(-me) quando puder.

Teici
20 de abril, 2013


4/18/2013

Big bang particular


Tamanha explosão,
Tornou as estrelas marginais
E o centro escuridão.


Teici Miranda
18 de abril, de 2013

4/17/2013

Rimas baratas para um coronel mais barato ainda.

Coronel
Não leves minhas córneas, não.
Não vês que elas estão maltratadas
Devido a falta de educação?

Coronel,
Não roubes meus rins, não.
Só pelo atrevimento
De querer tirar dos ohos do outro o cimento,
Que você jogou com anos de "boa" reputação?

Coronel,
Por que não te acho agora?
Compraste toda a vergonha,
assim como compraste a glória?

Ah, Coronel!
Agora que te tiraram o véu,
Foi para esconder toda a vergonha
que tu compraste todo o papel?

Teici Miranda

16 de março, de 2013

4/13/2013

Espacial



Será que percebes?
Será que sentes
Que encaro tua alma?

Tarde da noite.
Teu corpo dormente,
Longe de mim, no espaço.

Tua alma reluzente.
Será que tu sentes?
Encaro-te.

Teici Miranda
Março 2013

Desenho feito pelo amigo Aly.

4/10/2013

Aprendiz

Decepcionada!
Não entendeu a estrutura da palavra. (3ª pessoa)
Pior ofensa se fazia
à anti-sexista.
Quanta admiração perdida.
Achava que a ela só interessava
O homem que ali (não) estava
ou talvez jazia.

Não entendeu a estrutura social.
Ela mais complexa, antes e agora,
que a questão espacial que nos devora.

Caro amigo, espero ter interpretado errado.
Não há nada corpóreo no texto que não veio à pena.
A personagem olhava no espelho de Sappho
E se voltava para poemas de vênus.
Mas a mão não condena.

Teici Miranda
10 de abril, 2013