4/27/2011

Felicidade Clandestina



"Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante."
Clarice Lispector ( Felicidade Clandestina)

Eu não sei dançar


Do dia 28 de maio de 1989
Nada hei de lembrar.
Tinha acabado de nascer,
Conhecer,
Chorar,
Experimentar.

Mas 4, 5, 6 anos depois
Recordo-me bem.
Minhas primas e eu,
Dançando aquela música ridícula.
Hoje, eu teria vergonha de dançar.
Mas, lembro-me.
E fico alegre por lembrar.


Teice

4/16/2011


Até elas vivem em paz.
Por que nós vivemos em guerra?



Meus amores Maria Antônia e Nana

4/15/2011

De cunho amoroso ou social?




Será que tu sabes,
Que eu sei
Mais do que tu
Deixaste-me saber?

Será que tu sabes
Que não investiguei?
Que foi por acaso.
O acaso que foi
Deslizando pra fora,
Da linha da boca
Daquela moça.
Que por acaso me disse
Que naquela cidade
Tu fazes o mesmo
Que eu faço
Ou deixo de fazer?

A questão é,
Que como não devemos
Deixar de fazer,
O melhor seria
Fazermos juntos.
Deveríamos saber.


Teice


Foto: Cena do filme My Blueberry Nights

Com amor, Augusto.

O que escrevi abaixo é fictício, mas o drama, é o vivido por milhares de mulheres. Só cabe a nós mudarmos essa realidade. Basta nos unirmos e lutar pelo o que é certo. Não à violência contra as mulheres.




Primeiro,
Augusto cessou as gentilezas,
O companheirismo.
Ridicularizou minhas certezas.
Fez-se de escárnios sorrisos.

Depois,
Vivi em cárcere privado.
Afinal, eu não ganhava salário.
Augusto batia no peito e dizia que era homem.
Pegava-me a força, com fome.

Mais adiante,
Augusto, contra mim, levantou a mão.
Pediu-me perdão.
Perdoei.
Novamente levantou a mão.

Agora,
Criei coragem, denunciei-o.
Mas, libertou-se.
Morrerei?
Você escolhe.

Teice

4/01/2011

Poeta

Abaixo posto o que escrevi para o Moisés Poeta, embora eu não o conheça, adoro o que ele escreve. Espero que goste.


Hoje eu devorei tuas palavras
Fiz um prato farto
E embora eu não coma carne,
Hoje eu comi.
Degustei a carne amarga,
Crua e dura da realidade.
Dura como a verdade.

Mas, apesar disso era boa.
Pois não criava ilusões,
Como faz a falsidade,
A verdade velada
Pelas amarras do lucro.

E nas tuas palavras, Poeta,
Encontrei um companheiro
Que assim como eu,
Não concordava
Com aquilo que havia
De “errado” em nossa realidade.

E também me reconheci.
Nas tuas doces frases,
Em que me encontrei embebida.
Embora indignados com o que há de “errado”
Não nos esquecemos da beleza da vida
E do viver

Teice