3/27/2011

Corrente

Por não teres desistido de mim. Por teres investido em mim. Agradecerei desistindo de ti. É a única coisa que posso fazer. Sofrer calada.

3/18/2011

Com citações

“Quem vai pagar a conta?
Quem vai lavar a cruz?
O último a sair do breu
Acende a luz.” _ “Quadro Negro” Lenine

O problema é que houveram muitos que acenderam a luz, mas aqueles que lucravam com a escuridão deram seu jeito de cegar os outros.

Você vai embora bravo, devido o contato com aqueles de senso comum, enquanto eu não perco a fé neles. Essa é a nossa diferença.

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.” _ Platão


Teice

E sobre a idéia que algumas pessoas tem do feminismo? (1)




Eu sou uma pessoa que adora debates que surgem dessas conversas do dia-a-dia com um amigo ou conhecido, mas desde que estes ocorram com educação e sem indivíduos querendo impor suas idéias ao invés de discuti-las.
Há uns dois meses atrás, surgiu em uma conversa minha com um conhecido, o assunto do feminismo. Não vou revelar o nome, pois não pedi permissão para estar publicando sobre este diálogo. Mas estou postando a conversa porque acho que será interessante vocês lerem dois pontos de vista completamente opostos, o meu e o dele.
Comentando com ele que eu estava lendo alguns artigos feministas (inclusive no final do post passarei o endereço de um ótimo site pra vocês), ele me disse a seguinte frase “o feminismo só faz aumentar a taxa de crianças problemáticas, como consequência, temos um mundo cada vez pior, de pessoas doentes e de vasta ignorância. Sou contra movimentos que atrasam a cultura e evolução humana”. Mas mesmo assim, disse que não tinha nenhum preconceito e que precisava ler mais pra falar sobre o assunto.
O argumento dele era de que o feminismo era uma ideologia fraca e que feria os princípios da mulher enquanto ser único e diferenciado do homem, “não concordo q mulher seja um ser pra procriar apenas...acho q ela deve ter escolhas”. E ainda dizia que o feminismo que tende a igualdade é banal “igualdade nunca existirá...isso é genética, é biologia”. E continuando:
“A minha critica, é que hoje com essa pseudo-igualdade (homem e mulher) temos famílias desestruturadas, mães que trabalham muito e não cuidam dos filhos, ‘socam’ em creches ou em casa de parentes. E até as doenças físicas e psíquicas do homem (gênero homem) hoje vocês desenvolvem, por tentar viver como "iguais", infartos, uma enxurrada de câncer, depressão, estresse, e por aí vai. O homem, por natureza, sai de casa pra trabalhar e volta, bem como nossos ancestrais faziam, saiam pra buscar comida e assim sustentar sua prole. Mas, hoje em dia se tratando de doenças mentais e principalmente de educação, a falta da mãe no lar, traz péssimos resultados, ou seja, crianças problemática e adultos mais ainda.”
Bem, agora falando da minha parte neste diálogo, esta questão é muito complicada. O feminismo assume sim as diferenças biológicas que o homem tem da mulher, mas nós feministas buscamos a igualdade e a emancipação das mulheres. Quando toquei nesse assunto ele questionou sobre isso. O que acontece é que queremos mais direito sobre nós mesmas, sobre nossos pensamentos e nosso corpo. Por exemplo vocês tem idéia de quantas mulheres morrem por fazerem abortos ilegais?
Quanto ao ponto em que ele tocou sobre as crianças ficarem sozinhas , adquirirem doença, bem, isso já vai mais além, isso não é culpa do feminismo, já vai para o lado de outros fatores, como por exemplo o controle de natalidade, da estruturação familiar que hoje em dia não é boa. As mães saírem de casa para trabalhar pode sim ser um fator, mas com certeza um dos menores ( aliás discutirei sobre isso mais abaixo). Hoje em dia existem famílias desestruturadas, por causa de drogas, casamentos precipitados, violência doméstica (que aliás é derivada do machismo), gravidez na adolescência, enfim, questões diversas e muito complexas como todos sabemos. Mas existe muita coisa envolvida, para mudar teríamos que mexer não só na política, inclusive de direitos, mas no cenário sócio-cultural também. Muito difícil, mas não devemos deixar de lutar.
Meu conhecido também fala de doenças do gênero masculino que as mulheres andaram adquirindo nos últimos tempos, bom eu não entendo muito sobre isso, mas até onde eu sei,infarto, câncer e estresse não são doenças exclusivas do gênero masculino. Falando sobre o trabalho uma frase me chamou muito a atenção “O homem, por natureza, sai de casa pra trabalhar e volta...”. Não! Isso não é uma questão de natureza, isso é uma questão de sociedade. Em algumas épocas a sociedade impôs que os homens deveriam sair para trabalhar enquanto as mulheres cuidavam da casa. Isso não tem nada de natural, mas sim de sócio-cultural. Ele também falava muito sobre a questão de as mães saírem para trabalhar e deixarem os filhos em casa, passarem pouco tempo com eles, enfim. É óbvio que esse tipo de, digamos, "abandono", não é saudável para a criança. Mas quem disse que é a mulher que tem ficar em casa? Quer dizer então que o pai está isento da educação dos filhos? O pai está isento de estar presente? Por que só as mães devem ter o papel de cuidar dos filhos? Por que o pai não poderia ficar em casa para mãe sair para trabalhar? Deixando muito claro que não estou querendo aqui dizer que os pais devem ficar em casa para mãe trabalhar. O que estou querendo expressar é que a mulher tem sim o direito de sair para trabalhar assim como o homem, e que o homem tem sim o dever de cuidado com seus filhos assim como a mulher. Quanto as crianças passarem o dia inteiro em creches, aí isso já outro assunto para ser discutido, o que renderia outro post.
Para finalizar, Devemos entender que o feminismo pretende a igualdade, é óbvio que temos as diferenças biológicas, mas de resto quanta violência e discriminação não podem ser evitadas se abrirmos nossa mente?
Como disse anteriormente, vou passar pra vocês o endereço de um site ótimo. É o site da Universidade Livre Feminista, lá eles possuem várias notícias e matérias, tem a TV feminista que é ótima, e também possui cursos on-line gratuitos, como é o caso do curso que comecei a fazer de “Mulher e Participação Política – MuPP”. Vale a pena vocês conferirem. Segue o endereço virtual: http://www.feminismo.org.br/livre/
Enfim, é isto, espero que tenham gostado. Esses tipos de debates são bons, porque ou você fica com dúvidas e corre atrás para solucioná-las, ou você vê que estava errado em algum ponto e procura se informar mais, ou então você vai aprendendo e se afirmando cada vez mais. Até a próxima.


Teice

E sobre as implicações discriminativas entre os gêneros na infância?




Continuando a seguir esta linha feminista, irei entrar agora em uma importante questão, a de que desde a infância são impostas algumas situações que diferenciam o masculino do feminino.
Todos nós sabemos que deixando de lado as questões biológicas, todas as outras situações que discriminam o masculino do feminino são impostas pelos homens e mulheres, pela sociedade, pela cultura.
Para primeiro exemplo, vou citar uma situação recente que me ocorreu. Eu estava no estágio, quando, enquanto as crianças faziam uma atividade artística, uma aluna de cinco anos virou para o colega e disse “Não. Você não pode usar o rosa. Eu sou menina. Eu uso o rosa, porque rosa é cor de menina. Você é menino. Então você usa o azul.” E em seguida virou-se pra mim e perguntou:
_ Não é verdade professora?
Considerando uma pessoa com um senso comum sobre esse assunto, ela responderia que sim. Mas, almejando a educação escolar como minha futura área de atuação, eu não poderia responder que sim, nem ao menos que não. Eu fiz com que ela percebesse a resposta. Primeiramente indaguei “É mesmo? Por quê?”, e a única resposta que obtive foi um“ Por que sim”. Então comecei a fazer um pequeno questionário pra que ela chegasse à resposta. Colocarei abaixo como forma de um diálogo.
_ O que o rosa é?
_ Como assim?
_ Se o rosa é um objeto, um sentimento, uma cor...
_ Ah “ta”! O rosa é uma cor “ué”.
_ Hum, muito bem! E o azul?
_ O azul também.
_ E deixa eu te perguntar uma coisa, quando seus pais compraram os seus lápis de cor, eles vieram na mesma caixa, ou vieram separados?
_ Vieram juntos, é claro.
_ Até o azul e rosa vieram juntos?
_ “É”.
_ Ah! Já entendi! No lápis rosa estava escrito que era para meninas.
_ Não. Olha._ Disse me entregando o lápis para que eu pudesse ler.
_ Então porque a cor rosa só pode ser usada por meninas?
_ Hum... Não sei. _ depois que ela disse isso eu a olhei com uma expressão do tipo que diz “Ah é mesmo! Eu sei que você consegue me dar uma resposta melhor.” E em seguida indaguei.
_ Mas e uma menina que tem o olho azul? Como é que ela vai fazer, já que azul é cor de menino?_ a aluna pensou, pensou e me disse.
_ Ah! Agora eu entendi. _ cutucou o colega e continuou_ Olha, tanto menino, quanto menina pode usar o azul e o rosa, porque o rosa é só uma cor. E, “tipo”, o céu é azul, então eu que sou menina posso usar o azul, e você que é menino também pode usar o azul.
Eu usei o exemplo acima, só para vocês verem como que pequenas coisas, que nos são impostas até inconscientemente, vão causando a idéia de diferença e separação entre os gêneros desde a infância. O problema é que essas pequenas situações podem ir evoluindo. Para citar outros exemplos temos vários clássicos como: menina brinca de boneca e menino de carrinho, um joga bola e o outro brinca de escolinha, um assiste futebol e o outro novela, a menina ajuda a mamãe a arrumar a casa, enquanto o menino ajuda o papai a consertar a televisão, menina não pode ser motorista do ônibus na brincadeira, ou meninos não são cabeleireiros porque isso é coisa de mulher.
Enfim, são essas pequenas atitudes que vão moldando a mente das pessoas, e causando grandes discriminações futuras, fazendo o homem acreditar na superioridade dele em relação a mulher e ainda causa o impedimento de algum gênero poder executar tal coisa e o outro não. O melhor que podemos fazer é refletir sobre esses assuntos e acabar com essas situações que acabam causando um impedimento, que na verdade é inexistente.


Teice

E sobre a mulher careca?




Bom dia! Boa tarde! Boa noite!

Hoje eu decidir postar este texto que ainda será seguido por mais dois, com essa temática meio que feminista.
O texto é sobre um assunto, que em minha opinião é muito injusto e mostra como funciona a discriminação contra a mulher em alguns assuntos.
A idéia desse post surgiu de uma seguinte situação, em que minha mãe puxou o meu cabelo brincando e eu lhe disse, também brincando “Ai! Assim eu vou ficar careca!”. A partir dessa exclamação comecei a pensar “E se eu ficasse careca de verdade?”, “E a discriminação que as mulheres que sofrem com a perda do cabelo, seja por doença ou outro motivo, suportam?”
Se vocês pararem para observar, quando ocorre a queda do cabelo no homem, a discriminação que ocorre é devido alguns estereótipos de beleza que existem na sociedade. Com a mulher, também ocorre a mesma situação, mas com bem mais intensidade.
Para citar um exemplo, pense ou observe a seguinte situação. Você encontra com um homem careca na rua, lembrando que eu não tenho na contra eles, nem contra carecas, nem contra cabeludos, até porque, pra mim, a aparência nunca vem em primeiro plano. Mas, voltando ao assunto, se uma pessoa encontra um homem careca, isso é um momento completamente normal e natural. Mas já se é uma mulher, muitos realmente tratam como algo normal, mas algumas outras muitas pessoas, ficam encarando, olhando com curiosidade e repulsa. E as próprias mulheres soltam algumas “pérolas”. Eu me lembro de uma vez ter escutado um infeliz comentário, “Nossa! Você viu? Fulana é careca! Olha aquela peruca, toda mal feita, toda mal colocada”.
Então aqui fica algumas perguntas a serem refletidas: Por que quando a mulher perde o cabelo os estereótipos fazem com que ela use peruca, e a maioria dos homens não? Será que nenhum de nós estamos sujeitos a perder nossos belos fios de cabelos? Por que a queda de cabelo feminina não pode ser encarada naturalmente como a masculina? Por que temos que fazer tais separações, discriminações entre homem e mulher?


Teice

Aluada



Ele no carro.
Ela na rua.
Ele no carro.
Ela observando a chuva.

Ele no carro.
Ela na rua.
Ele no interesse.
Ela na ilusão pura.

Ele no carro.
Ela na rua.
Ele no carro.
Ela mostrando sua ingenuidade nua.

Ele no carro.
Ela na rua.
Ele ocupado.
Ela na lua.

Ele no carro,
Olhando a menina da lua,
Perdeu o entusiasmo (ah!)
Ela continua.


Teice

Essencial

Essencial.
Essência.
Perfume.
Dia-a-dia.
Ansiedade.
Teoria.
Talvez fosse mesmo
Essencial.
Enigma!
Há quanto tempo não usava esta essência.


Teice

Estava no banho

Ela gritou antes da morte.
“Ai!”
Clarão.
Estrondo.
E para completar “Que susto”.
Talvez o grito fosse de susto mesmo.
A sorte?
É que a morte não veio.


Teice

My turn

Agora eu te indago
Com o olhar,
Com a voz,
Com o andar.

Agora eu te indago
O que quer?
O que pensa? (pretende?)
O que faz?

Agora eu te indago
Por um sinal,
Um abraço,
Um momento de paz.


Teice

3/13/2011

Palhaça Pintada



E lá vai ela,
Pintada igual a uma palhaça.
Cantando Frida e colocando
Raspberries on her fingers,
Just like Amélie Poulain.

Ela queria uma tarde
Assistindo "My Blueberry nights".
Ela queria estar com ele.

Ela e ele.
Ele e ela.
Ele e ele.
Ela e ela.
Só eles.

Ela queria a revolução.
Do mundo, da visão.
Da política, da televisão.
Da vida, da sua e da deles.
Das múltiplas vidas.

Queria que a porta se abrisse.
Queria que o sol saísse.
Quanto querer querido pra nada.
Melhor é assistir ao filme.
Mas nunca calada.

Teice


Quinta-feira e a Porta


O coração dispara.
A cor se esvai.
A face não cora
Mais.
E agora?

O corpo cai.
O desânimo alimenta.
Tomando conta vai.
Era como falar para uma porta. (fechada)
Ninguém mais.

Teice

3/07/2011


A musica já tentou desvenda-lo;
Os poetas, a todo instante, a cada palavra escrita, tentam desvendar a verdadeira face do amor;
Os pintores tentam descreve- lo através de imagens que transparecem a união,
porém, o amor é impossivel de descrever, nem o poeta mais sagaz consegue desvendar a verdadeira face do amor, pois o amor vai além do que a gente espera...

Bel