3/14/2012

A Pasta



Nesta noite, em que degusto poesias,
E o perfume faz voar, em mim,
Papéis teus,
Penso:
_ Como seria bom,
Teus verbos em poemas meus.

Teice
14 de Março, 2012.

3/11/2012

Aluada II




Fugia da rua,
Corria pra lua,
Vivia na lua.
Liberta,
Corria até nua,
A aluada.
Mas, apesar da carne crua,
Não era alienada,
Pelo menos não queria,
Não achava.
Só procurava
Sorrir com as coisas boas da vida.
Tudo e nada.

Teice
11 de março, 2012

3/06/2012

Profissão: Eleitor

Postarei aqui o texto de uma amiga(praticamente irmã) que eu amo muito. Segue o escrito, que ficou muito bom!

Profissão: Eleitor

Num mundo atuante como o de hoje onde a democracia é o principal e meio direto entre cidadãos e a elite governamental, conceitos básicos como: moradia, alimentação, lazer, saneamento, educação..., estão sendo disseminados com o único propósito de angariar votos em tempos eleitorais. Dizem-se as “más línguas” que em ano onde o ato de conscientização populacional tem o seu devido valor, mesmo sendo quantitativo,opõem-se as promessas de melhorias abrangente em totalidade de variados setores,desde pequenas obras meramente privativas até benefícios decorrentes de grandes ações.

O impacto causado pela omissão nas urnas logo é percebido, “o que foi prometido, ninguém prometeu...”, e assim são quatro longos e oprimidos anos onde a opressão toma lugar dentro de uma sociedade que simplesmente se omitiu diante da única oportunidade de fazer valer com as “próprias mãos” o seu direito.

Por todos os cantos deste Brasil,obviamente se faz presente inúmeros municípios onde são constatados por uma parcela crescente da população solicitações de cunho essencial a sobrevivência desde instalações públicas para higiene básica, à oportunidade de qualificação profissional negados dependente de transportes escolares pra realização interestadual,recapeamento de vias transitórias, destinos adequados para dispersão de resíduos secos e molhados,além de incrédulas melhorias de alcunha política.Diante disto proponho que chegado o quase findar o segundo semestre do ano de 2012 vistamos a fantasia não esquecendo do adereço que nos iguala neste momento tão democrático(nariz de palhaço) e em posse do documento válido de quatro em quatro anos,mediante a melhores e dignas condições de vida a impunidade fazemos o incorruptível...ou então voltemos ao voto de cabresto ou ao censitário.

PRISCILA HELENA DE CARVALHO

(eleitora desde os 16 anos de um pequeno município das Minas Gerais )


"Os sentimentos sempre nos pegam de surpresa,
nunca imaginamos o que podem fazer em nosso coração,
um tiro certeiro que nos aprisiona em nossos desejos e em nossas emoções.

Te querer foi uma surpresa deliciosa
uma sensação gostosa e diferente .

Um novo caminho,
uma nova opção de felicidade e prazer,
impossível negar a sedução do seu doce olhar
e do seu jeito todo especial de sorrir.

Independente do que aconteça ou a decisão que levarmos daqui pra frente...
eu estou Feliz e Isto é Fato!!!"

Anibal Albuquerque

"Perversão,
A única forma de vir-a-ser.
Perverter para transcender.

Amor vindo-a-ser Poder
Poder vindo-a-ser Amor."

Saulo Francisco de Carvalho

1/28/2012

O filme

Ele estava todo cheio de si.
A pele, a boca, o nariz.
As mãos, os pensamentos...
A raiz.
Mas como ele tinha tanta certeza,
De que esse "em si"
Realmente existia?

Escrevia, escrevia e escrevia.
Assumindo a dor da lágrima que caia.
Escrevia.
Existia?
Escrevia e caía.

Teice

1/20/2012

A pergunta que pesa



De lá pra cá, de cá pra lá,
A imagem dançava frente aos meus olhos atentos.
A verdade nua,
De um mundo sem altruísmo.

Sem poder tocá-la,
Só observava como os olhos descontentes e sedentos.
Como dói esta verdade crua.
Não ter compaixão, não partilhar o sofrimento.
" Com qual idade você perdeu sua compaixão?"
A imagem dizia isto.

O silêncio da hora,
Que também era hora de aurora,
Revelava o fato de um tempo que é,
Que está sendo.
Mas, que talvez (eu) não quisesse estar.
Seja ontem ou agora.

Quanto pesa a pergunta na tua vida?
Ás vezes a mão estendida,
Não temos coragem de tocar.
Mas, talvez, o pior é o medo de estendê-la.
Ou o medo de entendê-la.

Vês quão grave é o problema
Que aqui está?
Conheço minha vida,
O que posso eu faço.
Será que realmente faço tudo que posso?

Quanta dor traria,
Ao responder uma idade.
Quanto orgulho carregaria,
Ao dizer ser virgem à pergunta.
Mas, se houvesse orgulho,
Será mesmo que a compaixão existiria?

Não sei. Neste caso, acho que
Não tenho idade, ou virgindade.
Mas, é necessário
Alcançarmos este "estar virgem" tão sagrado.
Não pela calma da verdade,
E sim pela verdade da calma

E agora a poesia:

" O fato de entender
O ato de estender,
Está em que,
Darmos as mãos
Também é conviver.
Óbvio, não?
Olha que bonito sentido faz,
Tentarmos a paz,
Seja ela cor de carmim,
Branca
Ou lilás."

Teice