1/20/2012

A pergunta que pesa



De lá pra cá, de cá pra lá,
A imagem dançava frente aos meus olhos atentos.
A verdade nua,
De um mundo sem altruísmo.

Sem poder tocá-la,
Só observava como os olhos descontentes e sedentos.
Como dói esta verdade crua.
Não ter compaixão, não partilhar o sofrimento.
" Com qual idade você perdeu sua compaixão?"
A imagem dizia isto.

O silêncio da hora,
Que também era hora de aurora,
Revelava o fato de um tempo que é,
Que está sendo.
Mas, que talvez (eu) não quisesse estar.
Seja ontem ou agora.

Quanto pesa a pergunta na tua vida?
Ás vezes a mão estendida,
Não temos coragem de tocar.
Mas, talvez, o pior é o medo de estendê-la.
Ou o medo de entendê-la.

Vês quão grave é o problema
Que aqui está?
Conheço minha vida,
O que posso eu faço.
Será que realmente faço tudo que posso?

Quanta dor traria,
Ao responder uma idade.
Quanto orgulho carregaria,
Ao dizer ser virgem à pergunta.
Mas, se houvesse orgulho,
Será mesmo que a compaixão existiria?

Não sei. Neste caso, acho que
Não tenho idade, ou virgindade.
Mas, é necessário
Alcançarmos este "estar virgem" tão sagrado.
Não pela calma da verdade,
E sim pela verdade da calma

E agora a poesia:

" O fato de entender
O ato de estender,
Está em que,
Darmos as mãos
Também é conviver.
Óbvio, não?
Olha que bonito sentido faz,
Tentarmos a paz,
Seja ela cor de carmim,
Branca
Ou lilás."

Teice

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