5/21/2011

A única certeza que temos da vida é a morte?



A única certeza que temos da vida é a morte? Talvez. Esta é uma das certezas mas, é uma certeza corpórea.


Alguns dias atrás eu estava assistindo a um concerto musical na televisão e comecei a pensar sobre o ditado citado acima: "Então é isso? Nascemos, crescemos, envelhecemos, e morremos? Não! Não deve ser assim." E a música ao fundo me mostrou que não é assim.


O pensamento. Coisa bela, essencial e motivo de vida. Aquele que não morre. Logo, uma das certezas do pensamento é a vida.


A bela música tocando era de Joseph Haydn. Para Haydn compô-la ele se inspirou em algo, pensou e executou. Nos dias de hoje as orquestras reproduzem sua música, as pessoas escutam, gostam e se sentem maravilhadas. Haydn morreu? Depende do ponto de vista. Não podemos negar sua morte corpórea mas, sua música ainda está tocando, seu pensamento divagando, aquele pensamento do compositor está aqui. Por fim, ele ainda vive.


Quantos e quantos ainda vivem? Marx, Schopenhauer, Nietzsche, Neruda, Sapho (olha há quanto tempo esta poeta existiu), Siddhartha Gautama, e agora graças ao queridíssimo mestre Ricardo que me apresentou a ele, Paulo Freire. Todos estes filósofos e poetas, presentes em minha vida, vivendo comigo! Que privilégio! Eles morreram? Não. Não creio nisso.


Mas não são só os pensamentos dos ilustres filósofos que sobrevivem não. Quantos de nós não lembramos e carregamos ensinamentos aprendidos quando ainda éramos crianças? Alguma fala que escutamos de um pai, ou colega, e que gostamos, repassamos e outros tornam a repassar? Alguma carta que lemos e que guardamos pro resto da vida? Aquela única frase que nos chamou a atenção? Aquele elogio sincero a sua inteligência, que você, por vaidade e satisfação, lembra como se fosse hoje?


Portanto, apesar da morte corpórea, vivemos. Os contrários se complementando mais uma vez na vida. Vida e morte.


Uma das certezas do pensamento é a vida.
Uma das certezas da vida é a vida.

Teice

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